terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O norte é para...

Este texto serve como complemento ao anterior, pois fala de uma adaptação de um livro (1) que tem uma história de fantasia (2) e promete ser o início de uma trilogia (3).

Talvez fique só na promessa mesmo. A Bússola de Ouro não está indo muito bem nas bilheterias. Ainda sobrevive. E ainda contou com o apoio dos protestos vindos da ala conservadora da igreja católica, a mesma que foi contra a veiculação de Paixão de Cristo, O Codigo da Vinci, Harry Potter e outros. Todos sucessos de bilheteria.

Mas não é à toa que os lucros não estão muito animadores. O filme é confuso, nada difícil, mas com cenas que trazem a sensação de força-que-encaixa. Nenhuma cena empolgante. A história é boa, principalmente com a figura do Pó e dos Dimons. Os ursos polares, que de alguma forma sempre imaginei uma representação de força bruta, são interessantes. A tal da bússola (que quase não recebe esse nome no filme, é mais chamada de aletiômetro ou ateliômetro, não lembro direito) dá idéias pra crônicas de RPG. Gostei da protagonista não ser uma daquelas meninas de porcelana, olhos claros, jeito de futura modelo. É uma criança de visual sem grandes destaques.

O filme não aproveita personagens importantes como o do Daniel Craig (o James Bond do último filme do 007, que parece que vai dar uma porrada a qualquer momento sempre que surge em cena) e da Eva Green (a bondgirl do último filme do 007, com um olhar mais malicioso que todas as aparições da Nicole Kidman) e o urso Iorek (dublado pelo Sir Ian MacKellen, que não tem nada a ver com o último filme do 007). Tem momentos que desafiam a boa vontade (quem achou estranho o Nathan escutar o murmúrio de Claire ainda a uns 30 metros de altura no último capítulo de Heroes precisa ver esse filme. Pelo menos na série tava silêncio) e um final que subestima a inteligência e superestima a expectativa de quem tiver mais de 10 anos. Se vier a continuação, vou ver. Se não vier, não faz falta.

Nenhum comentário: