quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Senhor dos Anéis - Parte II



Talvez muita gente não entenda a fascinação que temos (e mais alguns milhões de pessoas) por O Senhor dos Anéis. Alguns motivos discorridos:

1 - A influência: J.R.R Tolkien não escreveu apenas um excelente livro de jornadas heróicas e batalhas épicas entre guerreiros, magos, monstros, anões, elfos e outras raças. Na verdade, é quase ofensivo resumir a isso, embora a primeira leitura possa conduzir a essa conclusão. Tolkien criou um mundo próprio (veja mais adiante) e abriu as portas para obras como Caverna do Dragão, Star Wars e, claro, o mundo do RPG. Além disso, faz metáforas e análises sobre o espírito humano ser tão ambicioso e falho e, ao mesmo tempo, tão vivaz e nobre, sobre a perfeição e imortalidade que nunca teremos, sobre o fato de não existir vitórias sem sacrifícios, etc.

2 - A complexidade: a Terra-Média é um mundo vivo. Se você ler toda a obra de Tolkien (que vai além de O Senhor dos Anéis), verá que há explicações para o sol, a lua, os homens, a geografia, enfim para a existência do nosso mundo. Há línguas próprias (aquilo que os elfos falam no filme não é improviso de ator, existe um alfabeto uma gramática e um significado pra aquilo), mapas próprios, a história de cada raça, cada reino, cada lenda (não é à toa que só nesse século a tecnologia do cinema permitiu levar a Terra-Média fielmente às telas). E Tolkien não era um total desocupado pra brincar de Deus em suas viagens literárias. Era um respeitado professor universitário britânico e renomado filólogo, coisa que exige muito tempo, trabalho e leitura.

3 - A narrativa: simplesmente o envolvimento e a fluência da história que fala desde banquetes em florestas até batalhas de vida ou morte. Todos os personagens são complexos. Um hobbit hesitante que adquire nobreza e coragem diante do perigo, sem deixar de sofrer por isso; um rei enfeitiçado que, curado, passa a transpirar autoridade sem deixar de mostrar receio; um guerreiro arrogante e valente que fraqueja diante do poder, mas mostra coragem para admitir o erro e se redimir; a calma do sono em uma floresta segura; a angústia no covil inimigo...Não são relatos, são narrações no sentido mais lírico que se tem delas.

Mais será dito em outros textos.

5 comentários:

Anônimo disse...

nem precisa comentar nada. Só concordar.

thiago hakai-so disse...

Eu queria que pudéssemos acrescentar sons as respostas! Então ouvirias meu choro de emoção! rs. Ótimo texto lyra-sama! E pensar que tolkien chegoua merdir, pela marcha do exército inglês, o tempo de caminhada da comitiva e as fazes da lua durante toda a saga! Um mundo novo, onde tudo pode ser possível! Essa foi a herança de tolkien para o rpg!

Anônimo disse...

ê rapa! tu é doido! não tire o mérito do Interferente! o texto é dele!

huhahahahaha!

"Pede pra sair! Pede pra sair!"

Anônimo disse...

fora que se eu tivesse feito aquele comentário sobre meu próprio texto com certeza eu seria presunçosão! heuhuehahahaha!


xD Amo vcs! hahahahaha!

thiago hakai-so disse...

Deve ter sido o sono! rsrsrs interferente me desculpa! Mantenho todos os elogios!